Alunos da EduSesc no Distrito Federal são destaques na Olimpíada de Matemática e se classificam para as fases finais
Alunos da EduSesc no Distrito Federal são destaques na Olimpíada de Matemática e se classificam para as fases finais
'Diversos fatores levam estudantes a conquistarem os primeiros lugares em competições e olimpíadas escolares, e um dos principais componentes é receber apoio e encorajamento nessa jornada. ...'
Diversos fatores levam estudantes a conquistarem os primeiros lugares em competições e olimpíadas escolares, e um dos principais componentes é receber apoio e encorajamento nessa jornada. Com uma proposta educacional que valoriza não só o conhecimento teórico, mas também as relações interpessoais e habilidades de diálogo e colaboração, o Sesc-DF acredita na construção coletiva de trajetórias e conhecimentos. E essa fórmula tem surtido efeito para os alunos da EDUSESC de Taguatinga Norte. Com excelente desempenho na Olimpíada Brasileira de Matemática, um grupo de alunos da escola, pertencentes ao ensino médio e fundamental, conseguiram classificação para as fases finais. Pela primeira vez a instituição está sendo representada no evento que é considerado a maior prova científica do país.
Foto: Felipe Menezes
Representando o Sesc-DF, Vinícius Tanno, João Gabriel Ribeiro, Rafael Morais, Guilherme Ribeiro, Miguel Gomes, Maria Eduarda Bento, Yuri Machado e Bruno Bicalho, prometem fazer bonito na Olimpíada. As provas acontecem neste sábado (8), às 14h30, horário de Brasília. A 17ª OBM busca identificar jovens talentosos, além de promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento. A avaliação já alcançou, nesta edição, 99,78% dos municípios brasileiros e mais de 54 mil escolas.
Para além dos resultados de medalhas, que contribuem significativamente não só para a escola, mas para a bagagem dos alunos, segundo o diretor regional do Sesc-DF, Valcides de Araújo, o objetivo da instituição é formar esses estudantes para os desafios da vida, estando atenta não só ao raciocínio lógico, mas também aos aspectos sociais, comportamentais, emocionais e a realidade em que o aluno está inserido, formando cidadãos. “É motivacional. A participação dos alunos na Olimpíada transforma positivamente a rotina desses estudantes. Além da visão futurista, contribuindo para a formação superior dos participantes. Dependendo da porcentagem deles nas provas é possível obter gratuidade para cursar matemática em determinada instituição. Então de todas as formas acaba sendo extremamente benéfico para eles", disse o diretor.
Foto: Felipe Menezes
E qual o segredo dessas conquistas? Muita persistência nos estudos, claro, e incentivo da escola. “Agora que chegamos até aqui queremos vencer", resumiu Miguel Gomes. E para o Sesc, o professor é peça fundamental como um mediador no processo de ensino. De acordo com o professor coordenador, Francisco Paz, é importante que os alunos tenham essa vivência de olimpíadas, pois os estimulam a aprenderem cada vez mais, além de se sentirem desafiados nos estudos. “Pra mim é uma satisfação pessoal. Acompanhei o crescimento desses alunos, muitos deles desde o 9º ano. Estamos implementando a cultura de participação em eventos importantes para o crescimento deles como a OBM. O interesse dos nossos alunos e o desempenho é gratificante", disse o professor. Quem também integra a comissão que está auxiliando os estudantes é o professor de matemática, Elves Ferreira.
Estudante Maria Eduarda. Foto: Felipe Menezes
Essa motivação, para Maria Eduarda, é o grande diferencial na escola do Sesc. “Foi isso que fez com que eu participasse. Se não fosse o incentivo da escola eu nem teria me inscrito", aponta a estudante. Com diversos sonhos, os jovens buscam agora garantir o pódio na OBM 2022. Para eles, toda experiência durante a época escolar servirá de base para a vida profissional, independentemente da profissão que será escolhida. “Estou confiante, gosto de ser desafiado", disse Bruno.
Vinicius Tanno foi o primeiro colocado da escola na Olimpíada. Foto: Felipe Menezes
Já o aluno Vinicius Tanno foi o primeiro colocado da escola na Olimpíada em 2022. “É uma experiência para além da sala de aula. E claro, além da possibilidade de outros estudantes ficarem interessados vendo nossos desempenhos", disse Vinicius. Para Rafael Moraes, a participação na competição também agrega no currículo. “Eu vejo que isso pode ser muito positivo numa experiência de emprego, por exemplo. Ter isso no currículo com certeza vai agregar muito", disse.
Guilherme e Miguel disseram que uma das maiores dificuldades é a corrida contra o tempo. Segundo eles, o período de final de ano envolve provas da escola, vestibular e participação no PAS. “É muito corrido porque estamos nos preparando para várias provas", disse Miguel. Para Guilherme, tornar esse período o mais satisfatório possível pode amenizar o cansaço e a correria. “Eu sempre gosto de fazer as coisas com satisfação e alegria. Pra mim participar das Olimpíadas esta sendo prazeroso. Pelo menos estou fazendo de tudo para que seja", disse.
Sobre a Obmep
A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é um projeto de nível nacional criado em 2005 e dirigido a estudantes de escolas públicas e particulares do país. É realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), e promovida com recursos do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A Obmep é uma realidade no sistema prisional paulista desde 2012, quando passou a ser inserida nas unidades penais do Estado de São Paulo. Nas unidades prisionais, a aplicação da prova é organizada pelos Grupos Regionais de Trabalho e Educação (Grates) das coordenadorias, de acordo com a Croeste.